História

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História do Território do Município de Nova Hartz

O município de Nova Hartz se emancipou territorialmente dos municípios de Sapiranga e Parobé através da Lei Estadual 8.429 de 02 de dezembro de 1987. Entretanto a história do território, ou seja, das terras que compreendem os atuais limites territoriais do município de Nova Hartz começa muito antes de 1987 ou dos processos de emancipação da “Picada Hartz”. A história do atual território do município de Nova Hartz começa inclusive antes da vinda de imigrantes germânicos (alemães ou teutônicos) que vieram a ocupar a Colônia Germânica de São Leopoldo a partir do ano de 1824. O território geográfico do atual município de Nova Hartz fazia parte do que primordialmente era conhecido como “passo” do Rio dos Sinos, região esta que servia de passagem primeiramente para indígenas e em seguida para portugueses e espanhóis que disputavam tais territórios para suas Coroas reais lusas e castelhanas. Foram encontrados na atual cidade de Nova Hartz, vestígios cerâmicos indígenas em incursões arqueológicas realizadas no ano de 2005, tanto da Tradição Umbu, quanto da Tradição Tupi-Guarani, que remontam a presença humana na região em mais de 12 mil anos atrás. Os povos indígenas favoreceram direta ou indiretamente a futura ocupação luso-brasileira que foi
“preparada, facilitada, apoiada e condicionada por essa domesticação territorial pioneira (MAESTRI, 2010, p. 15)” realizada pelos kaingangues e guaranis que transitavam por estas regiões. A confluências das bacias hidrográficas do que hoje é Região Metropolitana de Porto Alegre (Rio dos Sinos, Rio Caí, Rio Gravataí e do Lago Guaíba) logo despertou o interesse dos ocupantes luso-brasileiros recém-chegados a “estremadura do território português”. Apresentamos abaixo uma síntese dos acontecimentos humanos que compõem a história do atual território do município de Nova Hartz.

De 12 mil anos atrás até início da colonização europeia – A região do “passo” do Rio dos Sinos, do qual o município de Nova Hartz faz parte (Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos), é utilizada por tribos caçadoras e coletoras das tradições Umbu e Tupi-Guarani.

Em 1737 – Fundação da fortificação conhecida como Forte / Presídio de Jesus Maria José localizado na atual cidade de Rio Grande, pelo engenheiro militar e brigadeiro, José da Silva Pais, constituindo o primeiro núcleo de povoamento português (luso) da Colônia do Rio Grande de São Pedro (Colônia de São Pedro), fundada oficialmente em maio de 1737, consoante as ordens recebidas do governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763). A escolha de seu local, bem como de sua colonização com o estabelecimento de estâncias de gado, permitia apoiar as comunicações por terra entre as cidades de Laguna (no atual estado de Santa Catarina) e a Colônia do Sacramento (cidade do atual país Uruguai) e garantindo a posse portuguesa frente aos interesses espanhóis. Tal fortificação possibilita que famílias da cidade de Laguna venham a ocupar terras na então Colônia do Rio Grande de São Pedro (atual estado do Rio Grande do Sul).

De 1740 até 1776 – O tropeiro Antônio de Araújo Villela recebe e ocupa terras na Colônia do Rio Grande de São Pedro, ao qual recebem o nome de Fazenda Mascarenhas e que compreendiam terras na região do “passo” do Rio dos Sinos indo até o atual município de Viamão.

De 1777 até 1799 – Parte das terras da Fazenda Mascarenhas (que compreendia parte do atual território do município de Nova Hartz) são concedidas ao Sr. Ignocencio Alvez Predozo, ao qual recebem o nome de Fazenda Padre Eterno e que naquele momento compunham terras da paroquia e município de Triunfo. Segundo Magalhães (2005, p.18) o referido “Padre Eterno” era um curandeiro capelão “negro muito velho (‘steinalter Mann’), que rezava o terço (‘Rozenkranz’), cantava, batizava e fazia enterros” pela então região de ocupação lusa. Segundo estudos, os limites da então Fazenda Padre Eterno eram a leste, a colônia Mundo Novo (atuais cidades de Parobé, Taquara, Igrejinha e Três Coroas); a oeste, pela colônia de Campo Bom e a Picada do Baumschneis (atual cidade de Dois Irmãos); ao sul, iniciava nas margens do Rio dos Sinos e estetendia-se pela várzea do mesmo rio subindo em direção a Serra Geral, avançando na selva até além do rio Cadeia (Santa Maria do Herval).

Em 1794 – Inicia-se a ocupação portuguesa (lusitana) da localidade de Pinhal (futura paróquia de Santa Cristina do Pinhal) abrangendo eventualmente trânsito de comerciantes na margem esquerda do Arroio Grande (afluente hídrico que recorta a região central do atual município de Nova Hartz).

De 1799 até 1815 – A Fazenda Padre Eterno (que compreendia o território do atual município de Nova Hartz) é fracionada em datas (lotes) de cultivo de terra que não prosperaram sob o comando de famílias portuguesas (lusas) que em muitos casos nem chegaram a ocupar efetivamente seus lotes.

Em 1809 – É provisionado a criação do município de Santo Antônio da Patrulha, que em princípio estendia seu território até a margem esquerda do Arroio Grande, afluente hidrográfico que atualmente recorta a região central do município de Nova Hartz ao meio (localidade esta que naquele período nem detinha uma denominação específica, algo que só viria a acontecer mais tarde).

Em 1813 – Do lado esquerdo do Arroio Grande (arroio que divide o atual município de Nova Hartz) o então governador Dom Diogo de Souza da Província de Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Sul) concede terras para Antonio Borges de Almeida Leams (Liaens ou Leães). Nesta concessão de terras, a Família Leams (Liaens / Leães) estabelece a Fazenda Mundo Novo (compreendendo terras dos atuais município de Nova Hartz, Parobé e Taquara) enquanto empreendimento agropecuário que possuía engenho, moinho artesanal, alambique e atafona; e empregava mão-de-obra “escrava, tendo cinco escravos (quatro homens entre 28 e 40 anos; uma mulher com 38 anos)” (MAGALHÃES, 2022, p. 10-11) que supria a capital da província com a produção da mesma.

Em 1815 - A Fazenda Padre Eterno (que compreendia parte do território do atual município de Nova Hartz) é concedida ao então tenente da Guarda Nacional, o lagunense Manoel José de Leão, vindo esta região a receber eventualmente o nome de Fazenda Leão e a operar a mesma como uma charqueada de criação de gado. A Fazenda Leão se inseria assim no mesmo modelo econômica do vizinho território da Real Feitoria do Linho
Cânhamo – RFLC (futura Colônia Germânica de São Leopoldo), que àquela altura não produzia mais primordialmente linho cânhamo (cordoalha náutica para a Corroa portuguesa) e se dedicava quase que exclusivamente também a pecuária (excetuando as roças de subsistência) mantida e manejada por mais de três centenas escravos africanos.

De 1822 até 1824 - Com a independência do Brasil, em 1822 muitos projetos da antiga Coroa Portuguesa são repensados pelo então novo Império Brasileiro. Em 1824, a situação política e econômica do país faria com que a Real Feitoria do Linho Cânhamo RFLC – com seus mais de 300 escravos – fosse desativada, o que invariavelmente deve ter minguado e dificultado os empreendimentos latifundiários escravocratas da região como os da Fazenda Padre Eterno / Fazenda Leão (que compreendia o território do atual município de Nova Hartz).

Em 1842 - A Fazenda do Padre Eterno / Fazenda Leão (que compreendia parte do território do atual município de Nova Hartz – margem direita do Arroio Grande que corta o município) é colocada à venda em leilão público devido as dificuldades financeiras da família Leão. Comerciante influente da Costa da Serra (então já conhecido como HamburguerBerg, atual bairro Hamburgo Velho na cidade de Novo Hamburgo), o Sr. João Pedro Schmidt e seu sócio Johann Krämer (João Kraemer) arrematam a compra das terras da Fazenda Padre Eterno e dividem o latifúndio em lotes formados por “picadas”: Picada das 4 Colônias (parte do atual município de Campo Bom), Picada do Ferrabraz (parte do atual município de Sapiranga), Picada do Padre Eterno do Campo, Picada da Serra do Ferrabraz (parte do atual município de Sapiranga) e Picada da Bica (confluência territorial dos atuais municípios de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz). João Pedro Schmitt além de comerciante e loteador de terras foi também “juiz de paz do 4o Distrito (região de Hamburger Berg, Bom Jardim, Estância Velha e Campo Bom)” (SANTOS, RAYMUNDOS, 2013, p.7) e igualmente vereador da colônia germânica de São Leopoldo entre o final da década de 1850 e metade da década de 1860 sendo “responsável por dirigir e administrar a Vila” (e posterior Município de São Leopoldo, a partir de 1864).

Entre 1845 e 1847 – A Fazenda do Mundo Novo, na localidade de Pinhal (que compreendia parte dos atuais territórios dos municípios de Taquara, Parobé, Igrejinha, Três Coroas, Gramado, Canela e parte de Nova Hartz – margem esquerda do Arroio Grande que corta o município) é adquirida por Tristão Monteiro e seu sócio (consul
alemão) Jorge Eggers em 1845, do espólio de Antonio Borges de Almeida Liaens (Leães). A localidade adquirida é grande produtora de insumos agrícolas para a capital gaúcha e escoa a sua produção através de um porto local e das vias fluviais do Rio dos Sinos e seus afluentes. Devido a sua pujança econômica e territorial, logo atraí o interesse político das localidades vizinhas em deter tal localidade como um de seus territórios distritais.

Em 1846 – A então Colônia Germânica de São Leopoldo, devido ao seu crescimento econômico é emancipada, enquanto município de São Leopoldo da capital gaúcha e município de Porto Alegre. Os limites de tal município não são muito precisos e se baseiam em vários aspectos aos limites da antiga Real Feitoria do Linho Cânhamo – real empreendimento escravocrata da Coroa Portuguesa que objetivava produzir cordoalha náutica. O poderio econômico que algumas famílias alemãs obtiveram possibilitaram que as mesmas se tornassem “imobiliárias loteadoras de terras” o que invariavelmente agregou territórios vizinhos ao crescente e recém formado município de São Leopoldo.

Em 1847 – A antiga Fazendo do Mundo Novo, localidade de Pinhal, passa a condição de capela sob a denominação de Santa Cristina do Pinhal e se torna o 2° distrito do recém emancipado município de São Leopoldo. Tristão Monteiro doa recursos para construção da capela.

Entre 1846 - Três dos quatro filhos do Sr. Wilhelm (Guilherme) Hartz e sua esposa Judita (Juditte) Bore (Boherer) – residentes de HamburguerBerg (atual bairro de Hamburgo Velho em Novo Hamburgo) - com suas esposas (Jakob/Jacó Hartz com sua esposa Carolina, Johann Philipp / João Felipe Hartz com sua esposa Catarina e Wilhelm/Guilherme Hartz com sua esposa Anna Philippine Eggers) compram terras na margem esquerda do Arroio Grande (então pertencentes a localidade de Santa Cristina do Pinhal). Outra parte da fazenda é comprada por José Antônio Fernandes, e sua esposa Leonor Francisca Fernandes, que eram terras vizinhas das terras do Sr. Vicente José dos Santos (provável origem do nome Campo Vicente – atual bairro de Nova Hartz situado ao lado do Bairro Campo Pinheiro – campo onde existiam muitos pinheiros - outro bairro de Nova Hartz). Em razão dos três casais de sobrenome Hartz, a picada situada na margem esquerda do Arroio Grande ficou conhecida como “Picada Hartz”.

Em 1855 – Franz Peter Haag e família compram os lotes quatro, cinco, seis, sete e oito da Picada da Bica (atual bairro “rural” de Arroio da Bica) na margem direita do Arroio Grande (vindo com isso a expandir indiretamente os limites do recém emancipado município de São Leopoldo) da então imobiliária Schmidt e Kraemer dos sócios hamburguenses João Pedro Schmitt e Johann Kraemer.

Em 1857 - A antiga Fazendo do Mundo Novo, localidade de Pinhal, passa a condição de freguesia sob a denominação de Santa Cristina do Pinhal e se torna pertencente a capital gaúcha e município de Porto Alegre. Desse modo, os residentes na margem esquerda do Arroio Grande (afluente hídrico que recorta o centro do atual município de Nova Hartz) ficam assim submetidos e pertencentes ao município de Porto Alegre.

Em 1864 – A localidade de Santa Cristina do Pinhal passa a ser o 6° distrito do município de São Leopoldo (Colônia Germânica de São Leopoldo). Desse modo, tanto os residentes da margem esquerda (Picada Hartz / Picada Velha), quanto direita (Arroio da Bica) do Arroio Grande (afluente hídrico que recorta a região central do município de Nova Hartz) passam a prestar contas de suas atividades ao município de São Leopoldo.

Em 1868 – O falecimento do loteador hambuguense João Pedro Schmitt, impede a efetiva ocupação das terras a leste do Morro Ferrabraz, ou seja, da Picada da Bica (território dos atuais municípios de Araricá e Nova Hartz). A referida área é comprada então pelo Barão do Jacuy, conhecido como Moringue, que já cobiçava tais terras desde a Revolução Farrapilha (o barão chegou a emboscar e matar dois filhos do tenente Leão durante a “revolução civil gaúcha”). O Barão de Jacuy comprou tais terras (Araricá e Nova Hartz sem a área conhecida atualmente como Arroio da Bica) com as indenizações que recebeu por seus serviços militares prestados. Chegou o mesmo a elaborar um projeto de urbanização para tais terras, conhecido como “Nova Palmeira” ou “Nova Palmira” que igualmente não vingou.

Em 1880 – A localidade de Santa Cristina do Pinhal passa a ser município / vila formando e constituindo a Comarca do Rio dos Sinos juntamente com a localidade de São Francisco de Paula. Desse modo, os residentes da margem esquerda (Picada Hartz / Picada Velha) passam a prestar contas de suas atividades diretamente ao referido município / vila /comarca. No mesmo ano ainda, a localidade de São Francisco de Paula se desvincula
dessa subordinação.

Em 1886 – O município de Taquara (do Mundo Novo) se emancipa frente ao hoje extinto município de Santa Cristina do Pinhal, os residentes na margem esquerda (Picada Velha) do Arroio Grande (afluente que cortava a localidade de “Picada Hartz”) prestavam contas de suas obrigações legais para tal município. Os residentes na margem direita do Arroio Grande (moradores de Arroio da Bica e entorno) prestavam contas de suas obrigações
legais ao município de São Leopoldo (Colônia Germânica de São Leopoldo).

Em 1892 – Atritos políticos gaúchos entre membros do partido liberal e o partido conservador motivam a incorporação e subordinação dos municípios de Santa Cristina do Pinhal e de São Francisco de Paula ao município de Taquara (do Mundo Novo). Tal situação não muda em nada a vinculação dos residentes da margem esquerda (Picada Velha) do Arroio Grande (afluente que cortava a localidade de “Picada Hartz”) a prestarem contas de suas obrigações legais para com o município de Taquara (do Mundo Novo) que saiu fortalecido de tais atritos políticos. São Francisco de Paula retoma sua autonomia política em 1902. Santa Cristina do Pinhal por outro lado nunca mais foi elevado a condição de município e veio a se tornar distrito do município de Parobé quando este se emancipou de Taquara em 1982.

Em 1893 – Primeiros registros escritos da existência de atafonas e moinhos na localidade de Arroio da Bica (atual bairro de Nova Hartz) cuja propriedade dos mesmos é atribuída a família Henkel. Na sequência outras famílias também vieram a se dedicar a tal atividade produtiva que viria a ser escoada através da ferrovia que seria implantada próximo da localidade.

Em 1903 - A vinda da ferrovia entre Porto Alegre até São Leopoldo em 1874 e até Taquara em 1903, passando pelas antigas terras do Sr. Vicente – localidade de Campo Vicente – a produção de atafonas e demais estabelecimentos rurais situados na margem direita (Picada da Bica – atual bairro “rural” de Nova Hartz - Arroio da Bica) e na margem esquerda (Picada Hartz) começam ser escoados tanto para Taquara e região, como para
as regiões de Novo Hamburgo, São Leopoldo e Porto Alegre.

Em 1920 – O Sr. Vicente José de Melo, juntamente com sua esposa, a Sr. Antonia Cardoso da Silva, compra 19 hectares de terra no Bairro Imigrante em Nova Hartz, localidade esta que futuramente viria a ser loteada e denominada “Vicente Melo” em homenagem a seu primeiro proprietário.

Em 1924 – Registra-se provisão (financiamento) para criação da Capela Católica de Campo Vicente junto a Paróquia do Senhor Bom Jesus de Taquara (já que na época a localidade do atual bairro de Campo Vicente pertencia a Taquara e depois a Parobé).

Em 1926 – Construção da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB no atual Bairro Campo Vicente em Nova Hartz.

Em 1929 – Construção da Escola da Comunidade Evangélica de “Hartz Pikade” ao lado da então Igreja Evangélica derrubada em 1973, no atual Bairro das Rosas em Nova Hartz.

Em 1930 – O setor calçadista começa a se desenvolver na “Picada Hartz”.

Em 1943 – Fundação do então “Hospital de Nova Hartz”. Após algumas décadas o mesmo se tornar um asilo e por fim foi desativado para dar espaço a outros empreendimentos.

Em 1950 – Instala-se um gerador elétrico no “centro” da Picada Hartz que se desliga por volta das 22 horas da noite. Instala-se onde hoje funciona a Escola Municipal de Educação Infantil Dois de Dezembro, no atual bairro de Campo Vicente, a “escola isolada” ou “reunida” que era então parte integrante da Escola Estadual 28 de Fevereiro, com sede no município originário de Sapiranga.

Em 1958 – Instalação dos Calçados Becker & Pilguer, depois Calçados Decorate em 1959, adquirida pelos Calçados Marte Ltda. Em 1990. Instalação da então Escola Rural Isolada de Arroio da Bica, atual Escola Municipal de Ensino Fundamental José Schmidt.

Em 1962 - Instalação dos Calçados Ramarim, na região central da “Picada Hartz”.

Em 1964 – O governo militar instaurado opta por favorecer o sistema de transporte rodoviário em detrimento do transporte ferroviário. Com essa decisão governamental, o trecho ferroviário existente entre Taquara e Novo Hamburgo, que então perpassava a estação de Campo Vicente (hoje bairro de Nova Hartz) é desativada em 16 de novembro de 1964. A desativação da linha ferroviária foi prejudicial em termos econômicos e logísticos para as cidades da região que demoraram para se recuperar de tal decisão.

Em 1967 – Fundação dos Calçados Racket que permaneceu ativa na indústria calçadista da cidade até o ano de 2008.

Em 1978 – Iniciam-se cultos e trabalhos da Igreja Evangélica Assembléia de Deus atual Bairro Campo Vicente em Nova Hartz.

Em 1984 – Início das movimentações políticas e partidárias em prol da emancipação de “Picada Hartz” frente ao município de Sapiranga. Dentre as primeiras lideranças que principiaram tais movimentações podemos citar os nomes do: Sr. Delmar Egon Mergener, Sr. Reinaldo Adelino Baum, Sr. Ernani José Schmidt, Sr. Ireno Ireton Weber, Sr. Amador José Wallauer, Sr. Flavio Emilio Jost, Sr. Mario Valdir Augustin, Sr. Leni Adir Krupp, Sr. Ricardo Aurélio Dietrich, Sr. Dirceu Zimmermann, Sr. Marcos Kirsch, Sr. Hugo Gross, Sr. Celso Veroni Jaeger, Sr. Egon Claudio Schmidt, Sr. Ireno Ireton Weber, Sr. Remi Edu Schweitzer e a Sra. Edith Hoffmann Jost que estabeleceram primeiramente interlocuções com o então prefeito municipal de Sapiranga, o Sr. Waldomiro dos Santos, e também com o então presidente da Assembleia Legislativa, o Sr. Algir Lorenzon. Parte das referidas lideranças citadas promoveram as articulações necessárias para que fosse organizado um plebiscito no dia 20 de setembro de 1987 com a comunidade mínima necessária de 1800 eleitores residente em “Picada Hartz” e Vila Grings (então considerada parte integrante da localidade de “Araricá”). Do total de 3380 eleitores inscritos para o plesbiscito, 2767 eleitores participaram, tendo 97% deles endossado a aprovação pela criação do município de Nova Hartz, que foi criado oficialmente pela Lei Estadual 8.429, de 02 de dezembro de 1987 (data de aniversário do município), pelo então governador do estado, o Sr. Pedro Simon.

Em 1989 – Fundação no Bairro de Campo Vicente das Borrachas CV Ltda. nas instalações fabris que eram até então da filial dos Calçados Bibi, cuja matriz era no município de Parobé.

Em 1991 – Reinstalação dos Calçados Ramarim, no Bairro das Rosas em Nova Hartz.

Em 1992 – Ocorre enchente de grandes proporções junto ao leito do Arroio Grande que corta a região central da cidade Nova Hartz. Registros de deslizamentos na região rural da cidade, principalmente nas localidades de Canudos, Solitária Alta e Solitária Baixa.

Em 1994 – Instalação da atual Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Almerinda Paz de Oliveira no atual bairro de Campo Vicente em Nova Hartz, procedendo homenagem a uma professora pioneira da então localidade de Picada Hartz.

Em 1996 – Início das mobilizações para constituição da Cooperativa Habitacional Nascente Do Vale Ltda. – COOPHEVA, cuja primeira reunião de interessados ocorreu em 1997, e a fundação oficial da mesma ocorreu no ano de 2000.


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